Temas como alimentos, nutrição e leis dietéticas se repetem na Bíblia desde o início da criação das plantas para alimento de Adão (Gn 1:29). Diante da insistência de Satanás, Eva comeu o único alimento proibido (Gn 3:6), provocando a queda da humanidade. Após o dilúvio, "tudo o que se move" tornou-se alimento potencial para Noé (Gn 9:2-3).
A lei dietética de Levítico esboça cuidadosamente o que Deus desejava que os hebreus comessem (alimentos limpos) ou não comessem (alimentos imundos). Assim, a categorização dos alimentos tornou-se parte da religião, da lei e da cultura hebraicas. Adesão a estas leis simbolizava obediência e amor a Deus por parte de seu povo.
Mesmo no cativeiro estas leis ajudaram o povo de Deus a permanecer junto como nação separada. A obediência a Deus demonstrada por Daniel comendo apenas alimentos "limpos", apesar da generosa variedade fornecida pela mesa do rei, é admirável (Dn 1:8). No tempo do Antigo Testamento, obediência às leis de Deus como apresentadas por Moisés era essencial para alguém receber as suas bênçãos (Êx 20:12 ; Dt 28:1-68).
Sob o novo concerto em Cristo recebemos as bênçãos de Deus pela graça e não por obras (Rm 4:13 ; Gl 5:22-23). Portanto, seguir as leis mosaicas ou do Antigo Testamento com respeito ao consumo de alimentos não é necessário para os cristãos de hoje. No entanto, domínio próprio é importante porque é um fruto do Espírito (Gl 5:22). Além disso, seremos sábios se reconhecermos que muitos dos alimentos "imundos" apresentados em Levítico, por uma série de razões, não são considerados alimentos saudáveis pelos nutricionistas. Devemos saborear os alimentos de acordo com nossas necessidades, fazendo uma seleção saudável e em porções apropriadas, lembrando que, ao fazê-lo, honramos aquele que escolheu nossos corpos para ser o seu templo (I Co 6:19).
A Bíblia da Mulher - Quadro Nutrição| Obediência de uma Nação Separada, pág. 194
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